Vão recomeçar obras de lar em pausa há 10 anos em Carrazeda

Estrutura da ampliação do lar passou quase uma década a degradar-se | Eduardo Pinto

Vão recomeçar em breve as obras de ampliação do lar de idosos da Santa Casa da Misericórdia de Carrazeda de Ansiães. O provedor, Ricardo Paninho Pereira, diz que a obra foi pensada há 20 anos, a construção começou há 10, mas devido à falência do empreiteiro o esqueleto ficou a deteriorar-se

O provedor explica que, até à abertura do novo concurso público para concluir a empreitada, houve “muitos problemas” para resolver devido ao “abandono do empreiteiro”, já que “estava tudo em tribunal”.

A obra foi candidatada a financiamento do Estado, “mas não se conseguiu”. Ricardo Paninho Pereira não entende porquê. Primeiro no programa PARES, depois no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) por duas vezes. “A taxa de execução do PRR é tão fraca e uma obra que tem todas as condições para ser financiada não o consegue. Não se percebe. É o país que temos”, lamenta.

Até à fase em que se encontra a empreitada – uma estrutura em metal com madeiras deterioradas e o aproveitamento possível do edifício do antigo hospital – já foram gastos “700 mil euros”. O preço base do concurso publico fechado recentemente foi de 2,1 milhões de euros. São quase três milhões de euros de investimento por parte da misericórdia, que vai ter de disponibilizar “recursos próprios e contrair um empréstimo bancário”.

Paninho Pereira espera que desta vez seja a valer e não haja mais paragens, pois “o concelho está a precisar muito” desta estrutura residencial para idosos. “Temos imensa gente à espera de uma vaga. Temos solicitações quase todos os dias”, enfatiza o provedor, já sem contar que o atual lar, com capacidade para acolher 50 pessoas, já tem “bastantes anos” e “necessita de obras de beneficiação”.

Quando estiver concluída, espera-se que até ao final de 2025, a ampliação vai ter capacidade para “60 utentes” e uma ala para “pessoas que estejam hospitalizadas e não tenham para onde ir após receberem alta, devido à falta de retaguarda familiar”.

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Eduardo Pinto

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