O Entrudo de Carrazeda de Ansiães é um dos que fecha a porta às comemorações carnavalescas deste ano. O Pai da Fartura foi a rebentar, com grande estrondo, perante centenas de pessoas cerca das 22.30, já depois de ter sido julgado e condenado junto ao pelourinho.
O Pai da Fartura é transportado numa urna que circula pelas ruas da vila de Carrazeda numa carrinha, já noite cerrada, para que todos o vejam como um condenado a caminho da sentença e possam carpir as últimas lágrimas.
Na verdade, é o ponto alto de um Entrudo tradicional que começou durante a tarde com um cortejo com mais de duas dezenas de carros alegóricos. Todos com motivos de sátira social, política e económica. Muitas vezes, a forma de os participantes mascarados manifestarem as suas críticas, ao som dos bombos e na presença dos gigantones rodopiantes dos Zíngaros de Carrazeda.
A sentença do Pai da Fartura é composta por um largo conjunto de quadras que o juiz dos Zíngaros de Carrazeda, Hernâni Sousa, vai desfiando com os olhos postos na personagem deitada no centro da praça da Fonte das Sereias: