O Tribunal de Vila Real condenou a 17 de prisão efetiva um homem por ter atropelado mortalmente outro no concelho de Chaves. O crime aconteceu a 06 de janeiro de 2023, em Vilar de Nantes. Moisés Taveira, de 68 anos, atropelou Fernando Alves, de 78. A leitura do acórdão ocorreu esta quinta-feira.
Durante o julgamento disse que não se apercebeu do acidente, alegando que estava nevoeiro e tinha gelo no vidro do carro, mas os argumentos não convenceram os juízes.
Durante a leitura do acórdão, esta quinta-feira, a presidente do coletivo de juízes destacou que se fez “prova da acusação” e que os factos provados “evidenciam claramente que o atropelamento foi intencional”. Por outro lado, “as alegações de que não foi intencional não colheram”.
A juíza salientou ainda que, durante o julgamento, “o arguido prestou declarações de uma forma titubeante e evasiva”. Além disso, “não confessou, nem mostrou arrependimento”.
Segundo a acusação do Ministério Público (MP), Moisés agiu com “o intuito de se vingar da vítima por esta ter instaurado contra si uma ação judicial na qual haviam sido apreendidos os dois tratores” do arguido.
A acusação considerou “suficientemente indiciado” que Moisés Taveira, “encontrando-se ao volante de um veículo automóvel e ao avistar a vítima, que se encontrava apeada junto a um outro veículo, fez com que o por si conduzido embatesse no corpo da vítima”.
Após o choque, segundo o MP, o arguido “prosseguiu a sua marcha, entalando a vítima entre os dois veículos automóveis, projetando-a cerca de três metros”. A seguir, “acelerou o veículo que conduzia pondo-se em fuga”.
O MP informou que, em consequência da colisão, “a vítima sofreu graves lesões em diversas partes do corpo, nomeadamente pélvicas que foram a causa direta da morte”. Fernando Alves tinha 78 anos e acabou por morrer no hospital de Vila Real, no dia 07 de janeiro de 2023.
Os factos foram considerados provados durante o julgamento e Moisés Teixeira Taveira, de 68 anos, acabou condenado por homicídio qualificado a uma pena de 17 de anos de cadeia.
A advogada de defesa admite recorrer, mas primeiro quer analisar o acórdão.
Eduardo Pinto / Rádio Ansiães