O jovem que é suspeito de esfaquear outro durante uma discussão, na madrugada de domingo, em Vila Real, vai aguardar julgamento em prisão domiciliária com pulseira eletrónica. É a decisão do tribunal que o ouviu durante o dia de ontem, depois de ter sido detido pela Polícia Judiciária (PJ).
Segundo a Lusa, o advogado de defesa, Albano Cunha, afirmou aos jornalistas que vai ponderar e analisar a medida de coação aplicada ao seu cliente. No entanto, considerou que esta foi “uma medida compreensível dada a gravidade dos factos”.
O arguido de 22 anos está “fortemente indiciado” pela prática de um crime de homicídio tentado. De acordo com a PJ, os factos ocorreram na madrugada de domingo, 19 de maio, numa rua da cidade vila-realense, quando o suspeito, “por motivos fúteis, no decurso de uma discussão, se muniu de uma arma branca e golpeou o corpo da vítima, um homem com 23 anos”. A vítima sofreu ferimentos na zona abdominal e foi assistida no hospital de Vila Real.
O advogado de defesa adiantou que se percebeu que “a culpabilidade do arguido terá um outro tipo de motivação”. Relatou ao tribunal a sua versão dos factos, dizendo que “estava a ser brutalmente espancado e, portanto, nessa consequência, aconteceu o que aconteceu”.
Em julho de 2023, a PJ encontrou o arguido no interior de um poço numa propriedade agrícola, em Lordelo, Vila Real, dias depois de ter sido dado como desaparecido. Quando foi encontrado, o homem encontrava-se consciente, mas bastante desidratado, tendo sido transportado para o hospital, onde recebeu tratamento.
Na altura, a PJ disse, em comunicado, que as diligências de investigação realizadas não revelaram indícios da prática de qualquer crime, relacionado com o desaparecimento.
Eduardo Pinto / Rádio Ansiães com Lusa