O funcionário da Escola Profissional de Arte de Mirandela (Esproarte) detido pela Polícia Judiciária (PJ) por ser suspeito da prática dos crimes de abuso sexual de crianças e importunação sexual, naquela escola, já estava suspenso de funções.
A decisão da direção foi tomada depois de ter sido alertada por um grupo de alunos para comportamentos alegadamente inadequados e na sequência da abertura de um processo interno de averiguações.
É o que dá conta a direção da Esproarte, em comunicado enviado às redações, ao final da tarde desta terça-feira, onde acrescenta ter comunicado “a matéria apurada às autoridades competentes”.
Feito o esclarecimento, a direção da Esproarte “não prestará mais declarações sobre este assunto, aguardando o desenrolar da ação pelas entidades competentes”.
Na terça-feira, a PJ informou que os factos “ocorreram no período compreendido entre os anos de 2021 e julho de 2023, sendo vítimas nove crianças e adolescentes com idades compreendidas entre os 13 e 17 anos”.
O detido, assistente operacional da Esproarte, com 54 anos, vai ser, esta quarta-feira, levado perante um juiz de instrução criminal, no tribunal de Mirandela, para aplicação das medidas de coação.
Atualmente, cerca de 150 alunos oriundos de vários pontos do país frequentam a escola privada que integra a rede de ensino nacional na área do ensino profissional, sendo tutelada pelo Ministério da Educação e que tem como proprietária a ARTEMIR (Associação de Ensino Profissional Artístico) constituída pelo Município de Mirandela, e outras associações do concelho.
CIR (Terra Quente)