“O setor dos vinhos do Porto e Douro encontra-se numa encruzilhada”. Começa assim um estudo que foi divulgado esta sexta-feira, em Vila Real. O presente é de crise, com oferta a mais e consumo a menos, rendimento a cair e empobrecimento do setor em geral. O futuro exige o reequilíbrio do mercado, medidas imediatas e pontuais para aliviar a aflição dos agricultores, como a destilação de crise, mais promoção, procura de novos consumidores e uma reforma institucional.
Os problemas atuais da Região Demarcada do Douro já constavam num outro estudo e plano de ação que o Instituto dos Vinhos do Douro e Porto encomendou à Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e que foi apresentado há sete anos. Só não incluía a pandemia de covid-19, as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza e a subida brutal da inflação.
O novo estudo foi promovido pela Liga dos Amigos do Douro e pela SEDES-Associação para o Desenvolvimento Económico e Social com o apoio da Fundação Casa de Mateus.
Intitulado “Competitividade e Sustentabilidade dos Vinhos do Porto e Douro: Desafios e Estratégia”, o documento teve a coordenação científica do investigador João Rebelo e é também assinado por Alberto Baptista e Sofia Gouveia, todos da UTAD.
Nesta entrevista, João Rebelo faz o diagnóstico e aponta soluções, mas começa por explicar que o anterior estudo deu em pouco.
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