Granizo provoca avultados prejuízos em pomares de maçã de Carrazeda

Granizo provocou prejuízos nos pomares de Carrazeda
Pequenas maçãs ficaram praticamente destruídas pelo granizo | Imagem: Eduardo Pinto

Os produtores de maçã do concelho de Carrazeda de Ansiães estão a fazer contas aos prejuízos causados pela forte trovoada com queda de granizo ocorrida no passado sábado.



Luís Vila Real, presidente da AFUVOPA – a Associação dos Fruticultores, Viticultores e Olivicultores do Planalto de Ansiães – diz que as perdas são avultadas, depois de 10 minutos de intempérie com uma “intensidade fora do normal”.

O responsável acrescenta que o granizo afetou, “seguramente, cerca de 90% da área” onde foi registado o fenómeno meteorológico e “com prejuízos bastante avultados”. Estão abrangidos pomares situados nas zonas de Fontelonga, Selores, Seixo, Carrazeda e Belver. Vinhas e hortas também registaram prejuízos.

“Comprometeu a produção do ano e implica uma perda bastante acentuada da produção dos agricultores, o que torna as coisas ainda mais difíceis”, explica Luís Vila Real, sublinhando que a vida já não estava fácil, devido ao “aumento do preço das matérias-primas, combustíveis, fertilizantes, mão-de-obra, entre outros”. Agora, “fica mais difícil para toda a gente”.

Os técnicos da associação e da Direção Regional de Agricultura do Norte já andaram a avaliar os prejuízos nos pomares afetados.

A maçã ainda é muito pequena, mas nem por isso os prejuízos são menores, dado que “alguns frutos ficaram cortados e outros apresentam toques muito profundos, o que torna a fruta irrecuperável, deixando de ter valor comercial”.

Luís Vila Real adianta que os fruticultores estão a ser aconselhados a aplicar tratamentos nas macieiras para atenuar os prejuízos. Têm por base um fungicida com um composto de cálcio para tentar cicatrizar e minimizar os problemas fisiológicos da planta”, já que as pedras de granizo danificaram “o fruto, as folhas e a madeira”. Isto provoca “problemas fisiológicos à planta e pode ser porta de entrada para doenças e comprometer o desenvolvimento da planta”.

Duarte Borges é um dos fruticultores com pomares de macieiras e cerejeiras, na zona da Fontelonga e também foi afetado. “A cereja já estava bastante grande e pouca deverá aproveitar-se”, enquanto “a maçã também ficou danificada”.

Rádio Ansiães

Duarte Borges e Luís Vila Real

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