Eletrificação da Linha do Douro entre Marco e Régua continua a marcar passo

Linha do Douro
Eletrificação da Linha do Douro entre Marco e Régua continua a marcar passo | Foto: Luís Almeida

A Associação Vale d’Ouro lamentou, esta quarta-feira, o alegado atraso no arranque das obras da eletrificação da linha ferroviária do Douro, entre as estações do Marco de Canaveses e de Peso da Régua. A empreitada, sublinha, “não possui, atualmente, financiamento em qualquer quadro comunitário e será empurrado para o PT2030”.



Considerando a atraso “inqualificável e inexplicável”, a associação liderada por Luís Almeida, mostrou-se “profundamente preocupada”. Não entende mais este contratempo, depois de a “Assembleia da República e diversos governantes terem manifestado a importância estratégica desta via”.

Ainda segundo a nota daquela associação com sede no Pinhão, Alijó, “a expectativa é que esta obra possa ser enquadrada no novo quadro comunitário”. Só que “até à data esta situação ainda não foi confirmada e na recente apresentação realizada pela Infraestruturas de Portugal, num evento da Plataforma Ferroviária Nacional, não houve qualquer referência”.

Luís Almeida lamenta a situação e refere que a situação começa a ter “contornos muito estranhos”. Sublinha que “a região merece mais respeito e o país merece uma explicação para tantos atrasos”. 

O responsável exige explicações para mais este adiamento – “porque demora tanto a sua execução?” –  e admite estar muito cético em relação ao futuro: “Se este investimento entrar no próximo quadro, significa o quê? Que investimentos serão subtraídos? Espero que não seja à custa da eletrificação para o Pocinho ou a reabertura até Barca d’Alva (Figueira de Castelo Rodrigo)”.

Luís Almeida requer contrapartidas, pois “a região precisa que sejam criados os serviços intercidades entre Pocinho (Vila Nova de Foz Côa) e o Porto com recurso a locomotivas da serie 1930, ou mesmo obtidas em Espanha, e carruagens Corail ou Arco”. Salienta que aquelas locomotivas “estão paradas no Poceirão e rapidamente poderiam ser introduzidas no Douro num acordo com a Medway, que também aluga material circulante à CP”. 

O presidente da Associação Vale d’Ouro conclui que “esta é a justa, embora mínima, medida de compensação para a uma região que continua à espera de que os compromissos políticos sejam honrados”. “Depois do MiraDouro é altura de continuar a melhorar a oferta e nem me passa pela cabeça outro cenário, que, a acontecer, a região rejeitará vigorosamente”, vinca.

Rádio Ansiães

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