
17 das 66 farmácias do distrito de Vila Real podem encerrar. Cinco estão em situação de insolvência e 12 enfrentam processos de penhora.
O Presidente da Associação Nacional das Farmácias veio ao distrito vila-realense recolher assinaturas para uma petição que será entregue na Assembleia da República.
Paulo Duarte referiu que a visita também serviu para dar “visibilidade” às dificuldades das farmácias em zonas mais desfavorecidas, que servem “populações mais frágeis e isoladas”.
“Quem decide, muitas vezes, esquece-se que são essências no acesso aos medicamentos e a outros cuidados de saúde”, salientou Paulo Duarte, exigindo que se olhe para estas farmácias de “forma diferente”.
O presidente da Associação Nacional de Farmácias considerou que “tendo um farmacêutico qualificado próximo das pessoas e, ao mesmo tempo, havendo um conjunto de cuidados a que as pessoas só conseguem aceder percorrendo uma grande distância, porque não aproveitar estas farmácias para acompanhar melhor os doentes crónicos?”
Nesse sentido defende o “alargamento dos serviços que podem prestar” e “melhorar a relação entre farmacêutico e médico”. E até advogou que as pessoas possam aceder nas farmácias a “medicamentos que habitualmente têm de ir buscar ao hospital”.
Atualmente, em Portugal, 679 farmácias enfrentam processos de penhora ou insolvência, o que corresponde a cerca de um quarto da rede, de acordo com o barómetro do Centro de Estudos e Avaliação em Saúde da Associação Nacional das Farmácias.
Por Rádio Ansiães / Rádio Universidade